Carlos Delclaux, presidente do conselho de administração do Grupo Vidrala, esteve na Marinha Grande na última quinta feira, 27 de maio, para inaugurar os novos armazéns da Santos Barosa, tendo anunciado investimentos na ordem dos 80 milhões na Gallo Vidro

 

Em declarações ao JMG, o presidente do Grupo espanhol realçou que o novo centro logístico, que custou 10 milhões de euros, era “uma necessidade” para a Santos Barosa, que resolveu, desta forma, os transtornos causados pela circulação de camiões nas Ruas 10 de Junho e Santos Barosa, em Picassinos, que viram reduzir em 60% a passagem de veículos pesados. Neste espaço, seguem-se investimentos para a criação de um parque fotovoltaico com 100 mil metros quadrados e uma capacidade de produção de 12 megawatts, bem como em electrofiltros para controlar as emissões no meio ambiente.


O empresário realça que desde a aquisição empresa já foram investidos 50 milhões de euros, incluindo durante o ano de 2020, altura em que foi reconstruído o forno n.º 2, e estão previstos projetos para a reconstrução dos fornos n.ºs 1 e 4, salientando que em cada projeto são implementadas melhorias tecnológicas significativas.

Na calha está também um projeto que vai arrancar a muito curto prazo para investimentos de 82 milhões de euros para a Gallo Vidro, a primeira empresa que o Grupo Vidrala adquiriu no concelho, e que incidirá na mudança e aumento de capacidade de um dos fornos, na instalação de electrofiltros e também pela aposta na energia fotovoltaica.

Na ocasião, a presidente do Município lembrou os passos que foram dados para viabilizar a construção dos armazéns, nomeadamente a suspensão do Plano Diretor Municipal, junto da CCDR Centro.

Cidália Ferreira realçou que “quem investiu cerca de 10 milhões neste espaço e irá investir na Ricardo Galo [Gallo Vidro] mais cerca de 80 milhões, dá a garantia de que vão deixar valorizado o futuro do nosso concelho”.

“Estes investidores, estrangeiros, viram aqui valorizado o seu potencial de negócio, é na Marinha Grande que esse potencial foi desenvolvido, portanto a nossa obrigação como autarcas é sermos os facilitadores para que estas obras sejam concluídas, para que a população e os trabalhadores tenham melhores condições e para que a empresa tenha o progresso que se exige de modo a criar riqueza para a nossa terra e a projetar-nos em termos internacionais”.