- Escrito Por: Redação
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- 09 fevereiro 2022
"Muito intensos". Foram assim os primeiros 100 dias de governação de Aurélio Ferreira na liderança do Município da Marinha Grande, assinalados esta quarta feira. Na véspera, em conferência de imprensa, o presidente elencou o trabalho feito e em curso
Em 100 dias de governação, Aurélio Ferreira e o seu executivo realizaram cerca de 320 reuniões com diversas entidades, munícipes, empresas e instituições, de âmbito local e nacional, mas “muitas” estão ainda por agendar.
“Temos um executivo coeso, trabalhador, empenhado e envolvido” com os assuntos, afirmou o presidente da câmara, ladeado pelo vereador João Brito, do +MPM, e por Ana Laura Baridó, do PS. Os primeiros dias de mandato foram dedicados a “conhecer a estrutura e organização interna” do Município, a “estudar os dossiers que conseguimos encontrar”, e a “avaliar” o que existe para poder implementar melhorias.
Durante cerca de hora e meia, o presidente enumerou os 102 tópicos que compõem o documento de “Balanço dos 100 dias de governação”, agrupados por quatro eixos: desenvolvimento económico, coesão social, planeamento e uma cidade sustentável, e nova governação local.
São Pedro e Praia Velha candidatas à Bandeira Azul
A Câmara apresentou uma candidatura das praias de São Pedro de Moel e Praia Velha à Bandeira Azul, algo que não sucedia há vários anos. Aurélio Ferreira explicou que estas praias preenchem os requisitos para hastear o galardão, que considerou será “uma mais-valia”, o mesmo não se verifica com a Praia da Vieira, que ficou de fora.
O autarca deu conta da reativação do processo do Parque de Ciência e Tecnologia, com diversos parceiros; informou que esta a ser revisto o projeto de arquitetura e especialidades para a Creche da IVIMA, para o candidatar a fundos comunitários; que estão em preparação os três processos dos centros escolares João Beare, Várzea e Vieira de Leiria, que conta concluir neste mandato, lamentando que a Marinha Grande seja o único concelho da CCDRC que não tenha um único centro escolar.
Este executivo encontra-se a trabalhar na transferência de competências para o município em matéria de educação, prevendo-se a integração nos quadros da câmara de mais 200 trabalhadores; contratou o levantamento arqueológico e patrimonial da Fábrica-Escola Irmãos Stephens ao prof. Jorge Custódio, prevendo-se daqui a 8 meses ter matéria para avaliar o que deverá ali ser feito, garantindo Aurélio ferreira que a decisão será “democratizada” com a comunidade.
Adutora concluída antes do verão
Em curso está a programação comemorativa do Ano Internacional do Vidro; a definição da intervenção a realizar no Auditório António Campos na Praia da Vieira e na Casa Alpendrada; a Estratégia Municipal de Saúde; e o Plano Diretor Municipal teve já várias reuniões de trabalho, prevendo-se que em março se entregue a 2.ª fase.
Aurélio Ferreira falou sobre a obra da nova adutora entre os Picotes e a rotunda do Vidreiro, anunciando que a 1.ª fase, até à Guarda Nova, está concluída e deverá ser ligada já em fevereiro. Da Guarda Nova até ao centro será necessário cortar o trânsito, algo que ocorrerá no próximo mês, prevendo-se que em final de junho a obra esteja concluída. Já a ciclovia entre os Picotes e a Guarda Nova deverá ficar pronta no início da primavera.
O presidente referiu que o executivo está “empenhado” na obra da piscina municipal, que deverá custar cerca de 6 milhões de euros e que quer construir neste mandato, deu conta que está a ser requalificado o projeto do Parque da Mobil para tentar candidatar a fundos sobrantes do Portugal 2020, garantindo que se manterão as árvores e o estacionamento.
A nível interno da autarquia, foi criada uma equipa de apoio a candidaturas, e está a ser preparada uma nova estrutura orgânica.
O autarca falou também sobre o Observatório do Pinhal do Rei, que reuniu na semana passada e reunirá de novo esta sexta feira, a respeito do Plano de Gestão Florestal da Mata de Leiria para os próximos 16 anos.
Em jeito de balanço, Aurélio Ferreira referiu que o executivo “está muito longe” de cumprir o objetivo de ajudar os munícipes e ajudá-los a ser felizes, garantindo que “estamos no caminho”. “Queremos deixar uma marca, os alicerces para quem chegar depois possa montar a casa”, disse o presidente, manifestando ainda a sua “sorte” por ter vereadores a trabalhar consigo que têm a mesma perceção do trabalho autárquico. “Estamos aqui porque os eleitores assim o quiseram. Quando formos embora que possamos ir com a consciência de missão cumprida”.