"Muito intensos". Foram assim os primeiros 100 dias de governação de Aurélio Ferreira na liderança do Município da Marinha Grande, assinalados esta quarta feira. Na véspera, em conferência de imprensa, o presidente elencou o trabalho feito e em curso


 

Em 100 dias de governação, Aurélio Ferreira e o seu executivo realizaram cerca de 320 reuniões com diversas entidades, munícipes, empresas e instituições, de âmbito local e nacional, mas “muitas” estão ainda por agendar.

“Temos um executivo coeso, trabalhador, empenhado e envolvido” com os assuntos, afirmou o presidente da câmara, ladeado pelo vereador João Brito, do +MPM, e por Ana Laura Baridó, do PS. Os primeiros dias de mandato foram dedicados a “conhecer a estrutura e organização interna” do Município, a “estudar os dossiers que conseguimos encontrar”, e a “avaliar” o que existe para poder implementar melhorias.

Durante cerca de hora e meia, o presidente enumerou os 102 tópicos que compõem o documento de “Balanço dos 100 dias de governação”, agrupados por quatro eixos: desenvolvimento económico, coesão social, planeamento e uma cidade sustentável, e nova governação local.

São Pedro e Praia Velha candidatas à Bandeira Azul

A Câmara apresentou uma candidatura das praias de São Pedro de Moel e Praia Velha à Bandeira Azul, algo que não sucedia há vários anos. Aurélio Ferreira explicou que estas praias preenchem os requisitos para hastear o galardão, que considerou será “uma mais-valia”, o mesmo não se verifica com a Praia da Vieira, que ficou de fora.

O autarca deu conta da reativação do processo do Parque de Ciência e Tecnologia, com diversos parceiros; informou que esta a ser revisto o projeto de arquitetura e especialidades para a Creche da IVIMA, para o candidatar a fundos comunitários; que estão em preparação os três processos dos centros escolares João Beare, Várzea e Vieira de Leiria, que conta concluir neste mandato, lamentando que a Marinha Grande seja o único concelho da CCDRC que não tenha um único centro escolar.

Este executivo encontra-se a trabalhar na transferência de competências para o município em matéria de educação, prevendo-se a integração nos quadros da câmara de mais 200 trabalhadores; contratou o levantamento arqueológico e patrimonial da Fábrica-Escola Irmãos Stephens ao prof. Jorge Custódio, prevendo-se daqui a 8 meses ter matéria para avaliar o que deverá ali ser feito, garantindo Aurélio ferreira que a decisão será “democratizada” com a comunidade.

Adutora concluída antes do verão

Em curso está a programação comemorativa do Ano Internacional do Vidro; a definição da intervenção a realizar no Auditório António Campos na Praia da Vieira e na Casa Alpendrada; a Estratégia Municipal de Saúde; e o Plano Diretor Municipal teve já várias reuniões de trabalho, prevendo-se que em março se entregue a 2.ª fase.

Aurélio Ferreira falou sobre a obra da nova adutora entre os Picotes e a rotunda do Vidreiro, anunciando que a 1.ª fase, até à Guarda Nova, está concluída e deverá ser ligada já em fevereiro. Da Guarda Nova até ao centro será necessário cortar o trânsito, algo que ocorrerá no próximo mês, prevendo-se que em final de junho a obra esteja concluída. Já a ciclovia entre os Picotes e a Guarda Nova deverá ficar pronta no início da primavera.

O presidente referiu que o executivo está “empenhado” na obra da piscina municipal, que deverá custar cerca de 6 milhões de euros e que quer construir neste mandato, deu conta que está a ser requalificado o projeto do Parque da Mobil para tentar candidatar a fundos sobrantes do Portugal 2020, garantindo que se manterão as árvores e o estacionamento.

A nível interno da autarquia, foi criada uma equipa de apoio a candidaturas, e está a ser preparada uma nova estrutura orgânica.

O autarca falou também sobre o Observatório do Pinhal do Rei, que reuniu na semana passada e reunirá de novo esta sexta feira, a respeito do Plano de Gestão Florestal da Mata de Leiria para os próximos 16 anos.

Em jeito de balanço, Aurélio Ferreira referiu que o executivo “está muito longe” de cumprir o objetivo de ajudar os munícipes e ajudá-los a ser felizes, garantindo que “estamos no caminho”. “Queremos deixar uma marca, os alicerces para quem chegar depois possa montar a casa”, disse o presidente, manifestando ainda a sua “sorte” por ter vereadores a trabalhar consigo que têm a mesma perceção do trabalho autárquico. “Estamos aqui porque os eleitores assim o quiseram. Quando formos embora que possamos ir com a consciência de missão cumprida”.