Decorreu no dia 29 de outubro, no Auditório do Edifício da Resinagem, na Marinha Grande, a apresentação do volume n.º 11 dos "ANAIS LEIRIENSES - estudos & documentos" e "Luta Constante", da autoria do investigador marinhense Luís Neto

 

O investigador da Marinha Grande manifestou-se “feliz” pelo lançamento de mais uma obra e, ao mesmo tempo, confessou tratar-se de “uma grande responsabilidade” numa obra em que, reconheceu, “fui às cavalitas das fontes”.

Uma das conclusões a que Luís Neto chegou é que dificilmente se encontrará no país “uma terra como esta” no que toca às lutas que travou. Daí que tenha proposto que a Marinha Grande seja a “capital do património reivindicativo”.

A sessão contou com a presença do presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, que enalteceu a importância destas obras para a região. Aurélio Ferreira evidenciou que os estudos e investigações de autores locais contribuem para a valorização e divulgação da história dos territórios.

O livro “Luta Constante” foi explicado pelo próprio autor e pelo editor, Carlos Fernandes. Trata-se de um estudo, com 650 páginas, que dá a conhecer as enormes lutas, nas mais diversas áreas, a que o povo da Marinha Grande deu o corpo (e às vezes a vida), no decorrer dos últimos dois séculos.

Os assuntos enumerados no índice genérico da obra são: I – Desbravar e povoar; II – Lutas em torno da mata nacional; III – Luta pela reconstituição pós-invasões; IV – Luta pela sobrevivência da fábrica (1826 – 1827); V – Primeiras grandes lutas operárias (1847 – 1864 e 1882); VI – Luta pela saúde e assistência; VII – Luta pela instrução, ensino e educação; VIII – Quinze anos de luta (1893 – 1908); IX – Mutualismo, caixas operárias e previdência; X – Implantada a República, a luta continua; XI – Luta pela autonomia administrativa; XII – “Vivemos e viveremos” (1917 – 1926); XIII – Luta pelos sindicatos; XIV – Da resistência à contraofensiva (1931 – 1934: Luta de Classes); XV – “Agitações operárias” (fim dos anos 30 e décadas de 40 e 50); XVI – No fim do regime; Glossário de apoio sobre o fabrico do vidro.

O 11.º volume de “ANAIS LEIRIENSES – estudos & documentos” foi apresentado por Saul António Gomes. Nas cerca de 500 páginas do livro, é abordada a história da nossa região, perfazendo cerca de três dezenas de trabalhos de investigação, alguns dos quais estão relacionados com a Marinha Grande, nomeadamente: Cristal de Rocha, Cristallo, Kristall, Chrystal, Cristal, por José Pedro Barosa; Tentativas de organização da indústria vidreira (1930-1960), por Luís Neto; “Aquilo impressionou-me muito” - Tereza Arriaga: uma pintora na Marinha Grande em 1945, por João B. Serra; e São Pedro de Muel em 1904 e pela pena de António Campos Júnior, por Carlos Fernandes.