Dois mil e quinhentos euros foi o valor do Prémio Dr. Rocha e Silva, que a Gallo Vidro acaba de entregar ao Instituto Superior D. Dinis (ISDOM) como forma de realçar o mérito dos alunos finalistas do Curso de Engenharia e Gestão da Produção Industrial. A cerimónia decorreu dia 27 de maio, no Museu da fábrica

 

E este ano o prémio foi repartido por três alunos: Sérgio Carvalho, Paulo Nicolau e Marco Marques, que não esconderam, em entrevista ao JMG, a “satisfação” por verem reconhecido o esforço empregue nos estudos.

Sérgio Carvalho, que foi desafiado pela entidade patronal a apostar nos estudos, considera “muito gratificante” ter conseguido superar as dificuldades. “Surpreendido” e “feliz” pelo prémio que, garante, não esperava, tem no horizonte a vontade de continuar estudos, talvez uma pós-graduação.

Paulo Nicolau, a trabalhar há muitos anos na área dos moldes, resolveu tirar o curso depois de “ter de ensinar muitos dos colegas” recém-licenciados que chegavam à empresa. “Se já tinha o conhecimento, por que não tirar o curso?”. Um dia, por impulso, inscreveu-se. “Foi muito difícil, pensei muitas vezes em desistir, mas quando começaram a sair as primeiras notas foi muito gratificante”. Vê no prémio “uma grande ajuda”, tendo em conta o valor das propinas, e o “reconhecimento de todo o esforço” feito ao longo do curso.

Marco Marques, por sua vez, já era licenciado noutra área mas sentiu necessidade de se formar em Engenharia e privilegiou o ISDOM por saber que “os docentes estão inseridos no mercado de trabalho e conhecem o dia a dia das empresas”. Assume ter ficado “feliz” com o prémio, que considerou ser “muito gratificante”.

Reforçada ligação entre empresas e universidade

Manuel Gallo, presidente do conselho de administração da Gallo Vidro, lembrou que o prémio atribuído anualmente é uma forma de “reconhecer o trabalho de um homem muito especial, que foi um cidadão exemplar, um exemplo de vida cívica, que só se pautava pela ética, que punha as exigências e a responsabilidade do trabalho acima de tudo”, elogiando o facto de ter trabalhado “quase até ao fim da sua vida”. “Foi um grande amigo a quem esta empresa muito deve e queremos perpetuar o seu nome e memória com a instituição deste prémio”, acrescentou o responsável.

Manuel Gallo lembrou que a Gallo Vidro teve sempre o “objetivo estratégico de procurar uma ligação muito íntima entre a universidade e a empresa”, destacando o investimento e “a força do trabalho, como mola dinâmica que faz crescer as empresas e contribui para a produtividade, que é essencial para o progresso e para o país”.

Já a diretora do ISDOM agradeceu o prémio de mérito atribuído aos finalistas com as melhores médias e realçou estar perante uma empresa que “reconhece o mérito e a importância da ligação do mundo empresarial ao mundo académico”. Cristina Simões vê a atribuição deste prémio como um “estímulo”, dando conta que o ISDOM acaba de ver aprovados dois novos cursos, de Gestão da Produção Aeronáutica e Engenharia e Gestão da Produção de Moldes, considerando que “este inovar da oferta formativa, o procurar dar resposta às necessidades do mercado só é possível porque existe uma grande ligação às empresas, que nos vão falando das necessidades de profissionais nestas áreas e que têm absorvido de forma extraordinária os nossos alunos. São cursos com empregabilidade de 100%”.