Apesar das dificuldade que o país, 58% dos habitantes da Região Centro estão muito satisfeitos ou satisfeitos com a sua vida.

Este resultado supera os valores médios obtidos pelo Eurobarómetro para Portugal (50%) e é uma das conclusões do inquérito de satisfação feito aos residentes da Região Centro, em outubro, no âmbito do Barómetro Regional.

Os resultados, alcançados junto de mais de 500 inquiridos, mostram que 7% estão “muito satisfeitos”, 51% “satisfeitos”, 25% “não muito satisfeitos” e 17% “nada satisfeitos”.
Ana Abrunhosa, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), considera que “os resultados obtidos na monitorização que a CCDRC faz sobre a satisfação dos residentes no Centro são bastante positivos para a Região e evidenciam um grau de satisfação superior à média do país”. Na sua opinião, “isto deve‐se sobretudo a três fatores: o reconhecimento de uma boa qualidade de vida; o facto da taxa de desemprego ser, sistematicamente, a mais baixa do país e o elevado grau de qualificação da população, que facilmente é absorvida pelo mercado de trabalho”.

Ao nível das sub‐regiões do Centro, a maioria dos inquiridos encontra‐se satisfeito ou muito satisfeito, em seis das oito comunidades intermunicipais. Os resultados das diferentes sub-regiões variam assim entre os 44% (Região de Coimbra) e 67% (Região de Leiria) de residentes globalmente satisfeitos.

Homens mais satisfeitos

Relativamente à Região Centro, em termos médios, o inquérito mostra que: as mulheres encontram‐se menos satisfeitas do que os homens; os cidadãos entre os 15 e os 24 anos são os mais satisfeitos e os cidadãos entre os 55 e os 64 anos os menos satisfeitos. Os indivíduos mais jovens estão globalmente mais satisfeitos do que os mais velhos; os residentes ativos estão mais satisfeitos do que os inativos. No entanto, de entre todas as categorias de ativos e inativos, os estudantes são os mais satisfeitos e os domésticos e os desempregados os mais insatisfeitos; em termos dos níveis de qualificação dos inquiridos, o grau de satisfação aumenta com as habilitações escolares dos inquiridos, sendo os residentes com doutoramento/pós-doutoramento os mais satisfeitos e os residentes com o 1º ciclo os mais insatisfeitos, o que evidencia bem a importância das aprendizagens.

Do ponto de vista qualitativo foi ainda possível identificar os principais fatores que os residentes da Região Centro associam à sua satisfação ou insatisfação. O principal motivo causador de satisfação ou insatisfação prende‐se com a situação de emprego, seguindo‐se depois aspetos relacionados com a saúde, ambiente familiar, qualidade de vida, rendimentos auferidos ou a crise vivida no país.