Carlos Farinha, que disponibiliza serviço de restaurante e bar no Mercado Municipal da Marinha Grande há cerca de 10 anos, inscreveu-se na reunião do executivo camarário desta terça feira, 19 de julho, para reclamar da “falta de condições” para vendedores e clientes

 

No seu caso, lamenta que a partir das 13h de sábado seja cortada a luz, o que o impossibilita de prestar um melhor serviço. Alegou que está a ocupar o seu lugar de venda, que a situação atual é “incomportável”, que o mercado “é de todos, dos vendedores, do município e dos clientes, que querem ser bem servidos”. Convidou os autarcas a visitarem os mercados dos concelhos vizinhos para verem em que condições trabalham os vendedores, acrescentando que no Parque Municipal de Exposições, na Boavista, “o Mercado está deslocado de tudo”, “tem menos clientes” e “metade dos feirantes não vão”.

Na resposta, o vereador João Brito assumiu que foi ele que mandou desligar as luzes às 13h, porque as casas de banho encerram a essa hora, lembrando “tem que haver regras” e que estas “devem ser cumpridas”. Admitiu que, “de futuro podem ser criadas condições para que as coisas fiquem a funcionar mais tempo”, mas tendo em conta que o mercado encerra às 13h, considerou que “depois dessa hora não é justo fornecer luz a uns e não a outros”. O autarca deu conta que está a ser feito “há vários meses” um levantamento das necessidades do mercado para se poder intervir e dar melhores condições a quem vende e a quem frequenta o espaço.

Sobre este assunto, a vereadora Lara Lino, da CDU, pediu que se criem as condições necessárias para que o vendedor possa servir almoços após as 13h, lamentando que haja “cada vez mais vendedores a desistir” e que o público-alvo tenha deixado de ir. “Temo que quando quisermos ter um mercado não tenhamos vendedores para o preencher”, lamentou.