A propósito do projeto para a requalificação da Escola Secundária Pinhal do Rei, na Marinha Grande, foi referida em reunião de câmara recente, pelo vereador António Fragoso, a necessidade de intervir no Ponto de Vigia da Boavista, dada a proximidade ao recinto escolar


A estrutura é propriedade do Núcleo da Marinha Grande da Liga dos Combatentes, como confirmou ao nosso jornal o seu presidente, Óscar Rodrigues, informando que a necessidade de intervenção “deve-se ao facto da mesma se encontrar com degradações na sua estrutura há vários anos, agravando-se o seu estado com o passar do tempo”, o que “constitui um motivo de preocupação crescente da atual Direção pelo seu estado e pelos eventuais perigos que a queda de partes da mesma poderá provocar, dada a proximidade da Escola Pinhal do Rei mas também da estrada que fica próxima, onde passam viaturas e pessoas”.

Segundo o responsável, nos últimos tempos apenas tem caído reboco, contudo “com o evoluir dos anos, se nada for feito, o risco de poderem cair outras partes maiores aumentará e isso preocupa-nos, naturalmente.”, informando que em 2019, a direção em funções submeteu um projeto de recuperação do ponto de vigia, no âmbito do Programa Portugal 2020, para o seu restauro e conservação e que à data ascendia a 100 mil euros.

De acordo com atual presidente do Núcleo, a última informação oficial de que dispõem sobre o processo data de 25 de janeiro de 2022 e referia que este se encontrava no Gabinete do Chefe do Gabinete do Secretário de Estado da Descentralização e da Administração Local para avaliação e emissão de parecer. Em maio de 2023, o Núcleo enviou um Ofício à Direção Central da Liga dos Combatentes a expor a situação “e a nossa preocupação porque nada mais sabíamos sobre o ponto de situação do processo”, que, por sua vez, solicitou informações em julho do ano passado ao Gabinete da Ministra da Defesa, “mas até agora não obteve qualquer resposta”.

Recentemente, houve contactos telefónicos do responsável pelo Projeto, segundo o qual o processo estará na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro – Coimbra, tendo-lhe sido pedido que solicitasse evidências a respeito do ponto de situação, “as quais aguardamos com elevada expectativa”.

Contactado pelo nosso jornal, o presidente da Direção Central da Liga de Combatentes, Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues, fez notar que “há 20 anos solicitamos à Câmara Municipal da Marinha Grande intervenção e recuperação do “Ponto de Vigia da Boavista”, sem sucesso”, considerando que se trata de uma intervenção com caráter de “urgência”.

 

Foto: Liga Combatentes