No próximo Domingo, 10 de Março, o País vai novamente a votos. Eu, como militante do PS há 50 anos, vou naturalmente votar onde sempre votei, vou votar PS porque, mesmo com todas as actuais fragilidades, julgo ser o projecto político que melhor se ajusta ao desenvolvimento equilibrado do nosso País

 

Porém, não sou insensível às críticas que dizem haver responsabilidade do PS que, com uma maioria absoluta, não foi capaz de encontrar soluções governativas que lhe permitissem governar durante uma legislatura completa com o mesmo 1.º Ministro, o mais bem preparado de todos os actuais políticos para o poder fazer.

No entanto, e lamentavelmente, nem sempre teve a sorte ou saber de escolher as pessoas certas para o ajudar na sua governação, o que o obrigou a pedir a demissão do cargo ao Sr. Presidente da República (PR), depois de tomar conhecimento daquele texto acusatório da PGR.

É aqui que se dá mais uma incompreensível decisão do PR que dissolve a Assembleia onde existia uma maioria absoluta do PS, não aceitando ao pedido deste partido para apresentar um novo Primeiro Ministro, apoiado pela então maioria absoluta parlamentar. Esta era também opinião favorável de metade do Conselho de Estado, mas o PR decide fazer um favor à sua família política ao convocar novas eleições, estas que se vão realizar no próximo dia 10 de Março. Evidentemente, esta decisão do PR é constitucional, mas criou um grave problema de governação a partir de 11 de Março. Seja quem for a ganhar as eleições, e eu desejo que seja o PS, vai ter uma enorme dificuldade em conseguir governar depois de ver aprovado na Assembleia o novo programa de governo. Um governo instável trará inevitavelmente graves prejuízos para o desenvolvimento do País, até porque, a lei não permite novas eleições antes de 2025. Assim, tudo se conjuga para o novo governo não ter vida longa. Foi isto que o Sr. PR fez ou contribuiu decisivamente com a sua decisão para o que certamente irá acontecer no futuro próximo.

A partir de 11 de Março passará a haver 3 grupos políticos maioritários na Assembleia da República. Um de esquerda liderado pelo PS, um de direita liderado pelo PSD e um de extrema direita liderado pelo inconstante CHEGA que trará ainda maior instabilidade à governação do País.

No Distrito de Leiria o único partido de esquerda com condições de continuar a defender uma sociedade mais justa para todos, diz-nos a história recente que é o PS. O voto útil é, pois, o voto no PS. É ISSO QUE FAREI.