A empreitada de requalificação das coberturas da Escola Básica Prof. Alberto Nery Capucho arranca já esta sexta feira, dia 9 de abril. O objetivo é retirar todas as telhas com amianto na sua composição. No entanto, há quem se oponha à realização das obras durante o período letivo



Tiveram início a 9 de abril, os trabalhos de remoção das coberturas da Escola Nery Capucho ambicionados há vários anos pela comunidade educativa. No entanto, a mãe de um aluno do 5.º ano está “indignada” pelas obras decorrerem em simultâneo com as atividades letivas. Ao JMG lembrou que “as escolas estiveram várias semanas sem alunos e no verão estão fechadas”, sugerindo que os trabalhos “sejam adiados” perante “a perigosidade das fibras de amianto, que são muito pequenas e podem ser prejudiciais”.


Ao JMG, Rui Oliveira, sub-diretor do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente, ao qual pertence a Nery Capucho, garante que os trabalhos de remoção das telhas serão executados às sextas feiras depois das 17h e aos sábados, ocasião em que não há alunos, nem pessoal docente e não docente nas instalações. Às segundas feiras serão realizados testes à qualidade do ar e durante a semana serão colocadas as novas coberturas.

Segundo o responsável, os trabalhos são da responsabilidade da autarquia e a empresa que ganhou o concurso público está certificada para o efeito. Rui Oliveira explicou ainda ao JMG que o Agrupamento promoveu uma reunião online com os pais e encarregados de educação para informar sobre as obras e de que forma estas seriam realizadas, tendo havido uma mãe que não concordou que se fizessem durante o período letivo.

Contactada pelo nosso jornal, a vereadora com o pelouro da educação do município garante que “foram acauteladas todas as questões de segurança” para o decurso da obra e que esta decorrerá “em estreita coordenação” entre autarquia, empresa e direção do Agrupamento. Segundo Célia Guerra, a autarquia também foi confrontada com o desagrado de uma encarregada de educação relativamente ao ‘timing’ das obras, esclarecendo que “a retirada de materiais será feita às sextas ao fim do dia e aos sábados, sem ninguém nas instalações, como sucedeu na Escola Guilherme Stephens”.

De acordo com o portal base.gov.pt a obra, da responsabilidade da Câmara da Marinha Grande, foi adjudicada por 138 mil euros e tem um prazo de execução de 90 dias.