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- Escrito Por: Redação
- Na hora
- 19 outubro 2021
“Grande sucesso do cinema americano dos anos 60, que colocou Jane Fonda, de novo, no "top" nos Estados Unidos. Um dos melhores filmes de Pollack, adaptado de um romance de Horace McCoy que é um relato impiedoso e desencantado dos tempos da Grande Depressão, no auge do Macarthismo e da luta pela vida nos EUA, através da metáfora de uma maratona de dança.”
Se a metáfora da luta pela vida, num ambiente de profunda miséria e caça às bruxas, se traduziu, no filme, numa maratona, em que os pares de dançarinos, sem poder deixar de se movimentar, se balançavam agarrados desesperadamente um ao outro para não serem eliminados, o recente guião das negociações políticas pós-eleitorais, se for levado à tela, terá garantido sucesso de bilheteira.
O desespero de alguns, para no palco da política concelhia se continuarem a mover, tentando desesperadamente manter-se agarrados ao poder, como a Cidália Ferreira, Curto Ribeiro, J.P.P., Nelson Araújo e outras figuras menores, algumas dependentes do salário pago pelo município, acabam de concretizar a mais ignóbil golpada contra os interesses do PS, mas pior do que isso, contra os interesses dos marinhenses.
Durante 16 anos, nunca ninguém das estruturas do PS me convidou para o que quer que fosse, ou manifestou interesse em me ouvir sobre os mais variados assuntos que, com regularidade, publico, quer no Jornal da Marinha, quer no Facebook.
No passado dia 4, por volta das 12h00, recebo uma chamada da Dr. Fátima Malesso, presidente da Comissão Política Concelhia do PS, a convidar-me para fazer parte de um grupo restrito, ela, o Álvaro Cardoso e eu, para refletirmos e redigirmos um Memorando de Entendimento com o +MpM.
No dia 10, ficou marcada uma reunião dos eleitos com o Eng.º Aurélio, onde, na minha opinião, a representação política do PS deveria estar presente e nunca esteve. Ao cabo de duas reuniões a sós, os vereadores apresentam um esboço de proposta de pelouros a meio tempo para ambos, esgotando-se nisso mesmo. O +MpM, como fazem nas empresas, estava a fazer entrevistas para recrutar pessoal para lhe compor a maioria.
Tudo indicava que estávamos na fase preliminar de normais negociações, mas eu, num jantar em que estive na noite do dia 9 de outubro, fui informado, de fonte segura, que o acordo já estava fechado e ficámos a saber ontem, que o Curto é que liderou esse processo, à revelia dos órgãos do partido, vendendo os nossos eleitos a pataco, sem obter nenhum ganho de causa.
Feito, entretanto, o nosso trabalho de preparação do Memorando mais detalhado, em que algumas bandeiras do PS deveriam figurar, marcou-se a primeira reunião do Secretariado para discutir o documento produzido pelos três, logo seguido da CPC para o aprovar.
Após a apresentação do draft e da sua leitura, a primeira reacção do grupo de 4 ou 5 pessoas que o Curto Ribeiro e a Cidália controlam, foi um misto de estupefação e elogio, até exagerado, para passarem a uma fase de o ir destruindo às fatias, procurando retirar a componente política, deixando só os títulos porque não era preciso dar muitas explicações, etc.
Naquele ambiente, em que o documento estava aprovado, havendo que introduzir pequenas alterações de texto, foi distribuído a todos via internet, para reduzirem ou acrescentar o que entendessem.
Na verdade, o Curto assumiu que não conseguia alterar nada porque não sabia por onde começar (justificação dada por escrito) impondo que se retirasse do texto a condição de ser ele o Presidente da mesa da AM, ameaçando até demitir-se se esse tema não fosse retirado.
Se dúvidas houvesse, o Curto Ribeiro confirmou aquilo que eu já sabia.
A Cidália, o Curto, amigo do Eng.º Aurélio há muitos anos, e o Rafael Almeida, um novo player que vem agora a jogo pela mão do Curto e da Cidália, com entrada directa no secretariado, muito antes de se trabalhar num Memorando de Entendimento que defendesse os interesses dos marinhenses, já tinham cozinhado em lume brando, secretamente e sem darem conhecimento aos órgãos do partido, um acordo de vergonhosa capitulação, com uma mão cheia de nada, para criar novos empregados políticos que a coberto da bandeira do PS vão beneficiar de um upgrade no seu salário superior a 1200,00 euros, pagos por nós e uma massagem ao ego de um perdedor que nunca ganhou uma eleição a que se tenha candidatado.
Armando Constâncio
Ex-Autarca