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O Clube dos Músicos da Marinha Grande leva a cabo esta sexta feira, pelas 21h30, um espetáculo de homenagem a Adventino Duarte. Entre outros nomes, a iniciativa vai contar com a presença de Luísa Oliveira e Deolinda Bernardo. O JMG esteve à conversa com o homenageado que, estando atualmente a combater uma doença renal, afirma “nunca perder a vontade de tocar e cantar”.

Ainda mal sabia ler e escrever e já sentia uma inclinação especial para a música, despoletada em grande parte pela influência de familiares que tocavam distintos instrumentos, mas sobretudo por força das festas da aldeia, onde escapava constantemente para junto do palco e dos músicos.

No entanto, foi a vontade passageira de ser padre que lhe permitiu um primeiro contacto com a música, quando, após a conclusão do 4º ano de estudos, ingressou no seminário de Leiria e teve a oportunidade de aprender solfejo (leitura musical) e piano.

Natural de Pisões (Pataias), veio para a Marinha Grande em 1962 trabalhar na Caixa de Previdência. Um ano depois inicia o serviço militar, tendo combatido em Angola até dezembro de 1966. Em 1967 regressa à Marinha Grande, acabando por criar aqui, alguns anos mais tarde, o seu próprio negócio na área do desenho e do grafismo.

Foi então que em 1982 iniciou aquele que viria a ser um extenso percurso na área musical quando surge a oportunidade de tocar no Hotel Eurosol, em Leiria, às quartas feiras e sábados. Aqui viria a conhecer e a atuar com cantoras como Luísa Oliveira, Mila Campos e Deolinda Bernardo.

E foi precisamente com Deolinda Bernardo que Adventino Duarte percorreu o país de Norte a Sul, com a dupla a fazer sucesso em festas, casamentos e batizados.

Paralelamente às atuações no Hotel Eurosol (onde permaneceu durante 20 anos), e movido pelo amor à música, no início da década de 90 Adventino Duarte, em conjunto com antigos colegas de trabalho, cria um grupo coral e inicia a sua atividade como maestro. Por indisponibilidade de alguns elementos, o grupo viria a terminar quatro anos depois, no entanto, Adventino e outros membros decidem não baixar os braços e tomam a decisão de fundar o “Terra Verde”, um grupo de música popular portuguesa que chegou a ser convidado para espetáculos em vários pontos do país.

Mais recentemente, em 2012, tornou-se num dos fundadores do Clube dos Músicos da Marinha Grande, tendo sido convidado a assumir, em 2017, o cargo de maestro no Grupo Coral da Universidade Sénior ASURPI.