Tal como o JMG avançou em primeira mão na sua edição de 2 de novembro, Bruno Constâncio é candidato à presidência do PS da Marinha Grande. Em entrevista exclusiva ao JMG, Constâncio conta porque decidiu avançar para a liderança dos socialistas, fala do surgimento da candidatura de Nélson Araújo e aborda o atual estado da governação autárquica.

O que o motivou a apresentar a candidatura à presidência da concelhia do PS da Marinha Grande?
Antes de tudo, a constatação de que sou um militante socialista no pleno uso dos meus direitos e a certeza de que reúno todas as condições para desempenhar esse cargo. Esta candidatura surge de forma livre, despretensiosa, aberta e franca. Tenho a vontade de poder ajudar a Marinha Grande e o PS, numa perspetiva de abertura do partido à sociedade civil, reforçando a necessidade de ir ao encontro dos desejos e dos problemas dos marinhenses, vieirenses e moitenses. Considero-me um elemento com potencial congregador no seio do PS, com capacidade intelectual e atitudinal de ajudar a elevar o partido para novos patamares de consolidação interna e de expansão externa.

Quais as principais medidas que deseja implementar se for eleito?
A minha candidatura foi idealizada na perspetiva de gerar, construir e potenciar consensos dentro e fora do PS. O meu intuito é valorizar o fator humano existente dentro dos quadros do partido, bem como agregar um vasto rol de simpatizantes do mesmo que, não sendo militantes, possuem todas as condições para o poder ser futuramente. Para tal, têm de sentir que as suas opiniões e mais-valias irão ser consideradas pelo partido. De nada vale termos a intenção de nos queremos abrir à sociedade civil, se depois o real desiderato não for escutar, auscultar, aprender e apreender as experiências e o know-how associado a todos aqueles que desejarem fazer parte de um pressuposto de construção de uma Marinha Grande melhor para todos. Comigo, as portas do PS estarão sempre abertas para todos os que vierem por bem, reforçando a vontade de fomentar debates e colóquios variados patrocinados pelo partido, em torno de temáticas fundamentais para o presente e o futuro do concelho. Por outro lado, a abertura do PS à sociedade civil marinhense levará, naturalmente, ao aumento do número de militantes do partido, numa perspetiva de rejuvenescimento e incremento da massa crítica no seio do mesmo, algo que creio tem vindo a ser descurado nos últimos anos. Quero igualmente potenciar a valorização do capital e legado histórico do partido, ouvindo e considerando de forma crescente a transmissão de conhecimento e experiência que pode e deve ser passada por ex-dirigentes e ex-autarcas do PS aos atuais, num enquadramento consultivo. Uma das minhas propostas passa pela criação de um Conselho Consultivo que deve integrar militantes socialistas com experiência governativa e autárquica, como são os casos de Álvaro Órfão, Telmo Ferraz, Paulo Vicente, Álvaro Martins ou João Paulo Pedrosa, onde o presente e o futuro do PS e da Marinha Grande possam ser debatidos, num enquadramento valorativo e construtivo. Temos que reencontrar o PS local com a sua História e não podemos deixar de lado personalidades como os atrás citados ou esquecer figuras de relevo do nosso Partido como Dr. Artur Neto Barros, Dr. Rui Couceiro, Dr. Mário Roldão, Dr. Osvaldo Castro ou Telmo Neto, entre outros que já partiram, mas deixaram o seu legado.

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